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NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO

  O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, disse: “não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nenhum sequer” (3.10-12). Esse foi o resultado do pecado original: o ser humano tornou-se rebelde em relação a Deus, tornou-se seu inimigo. Escrevendo aos Filipenses, Paulo afirmou: “como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo” (3.18). Depois, em outra oportunidade, esse mesmo Apóstolo escreveu a cristãos de Colossos: “antes vocês estavam separados de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês” (Colossenses 1.21). Além do homem ter se tornado inimigo de Deus, após o primeiro pecado, veio, sobre ele, outra consequência grande: a morte surgiu na humanidade. Antes de Adão pecar não havia morte no mundo. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, f
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JESUS ENTRE OS CANDELABROS

No primeiro capítulo de Apocalipse, o Apóstolo João narra uma visão que teve de Cristo, em sua glória. Nessa visão, Jesus estava entre sete candelabros de ouro e na sua mão direita tinha sete estrelas (1.12-16). Que significam esses sete candelabros, essas sete estrelas e a visão como um todo? Qual a relevância dessa visão no contexto da Igreja atual? Bem, no que diz respeito às sete estrelas e aos sete candelabros, o próprio Senhor Jesus explica. Ele diz: “este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas e os sete candelabros são as sete igrejas” (1.20). Tudo explicado, mas quem seriam esses anjos? Obviamente, os líderes das igrejas, pois não faria sentido Jesus mandar um ser humano escrever uma carta para enviar a anjos. Agora, como entender o significado dessa visão como um todo? Primeiro é preciso que se saiba que a literatura apocalíptica é altamente simbólica. Veja que a Igreja é tra

O CONHECIMENTO ARQUÉTIPO DE DEUS

“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém!” (Romanos 11.33-36). Este texto do Apóstolo Paulo nos inspira a pensar sobre o ser de Deus. No entanto, essa é uma área vasta da Teologia. Por esse motivo, convém delimitar essa reflexão a apenas um aspecto de seu ser: seu conhecimento. Sim, o conhecimento de Deus constitui um aspecto de seu ser que, junto com outros, revela a sua majestade e glória. Embora o conhecimento ou a intelecção ou a intelectualidade seja algo próprio de sua Pessoa, Ele comunicou esse aspecto aos anjos e aos homens. Deus também compartilhou com os seres criados à sua imagem e semelhança outros aspectos do seu ser, a saber: sua espiritualidade, sua moralidade e alguns atribu

A VIDA SANTA

  “Portanto, visto que Cristo padeceu por nós no seu corpo, armai-vos também vós deste mesmo pensamento, porque aquele que padeceu no corpo já rompeu com o pecado. Então, no tempo que vos resta no corpo não vivam mais segundo os desejos dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1Pedro4.1-2). Ao lermos este texto de Pedro, perguntamos se há em nós, no nosso íntimo, disposição para a vida santa. Deveria haver, pois é isso que recomenda esse Apóstolo. Sabemos que já vivemos a devoção a Deus por meio da reflexão na Palavra, da oração, da comunhão com os irmãos, das celebrações cúlticas no templo. Tudo isso é muito bom, desejável e até prazeroso. Mas a busca pela vida santa, no íntimo, constitui outra área da vida espiritual, marcada pela renúncia ao pecado, o que envolve um certo esforço pessoal, sacrifício e até sofrimento. Fazer isso significa imitar a Cristo em sua renúncia ao pecado. É fato que vivemos uma vida bem diferente da que vivíamos antes de conhecer a Cristo. Vivemos uma

JESUS, INCOMPREENDIDO. - PARTE II

Como visto na primeira parte dessa reflexão, até mesmo os discípulos, que eram tão próximos a Jesus e caminhavam com Ele, não o compreendiam, de início. A causa, como já dito, era o fato de que eles esperavam um Messias político-nacionalista que libertaria Israel do império romano e o elevaria a uma posição importante entre as nações. No entanto, Jesus não se envolvia com política, era profundamente espiritual e afirmava que seu “Reino” não era deste mundo (João 18:36). Na verdade, o centro de seu ensino e pregação era, exatamente, o “Reino de Deus” (Lucas 6:20; 8:10; 9:62; 10:9; 11:2; 11:20; 12:31; 13:29; 16:16;17:20,21; 18:16,24; 21:31; 22:29,30). Mas, outros aspectos de sua pessoa contribuíam para essa incompreensão. Embora fosse um homem de “carne e sangue” com família e endereço fixo, seu nascimento sobrenatural, sua vida profunda de oração e a originalidade de seu ensino e pregação faziam as pessoas o virem como diferente e especial. Contudo, nada foi tão forte e impactante para

A MORTE DE CRISTO

  O autor do livro de Hebreus, escrevendo sobre Jesus, narrou: “portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (2.13,14). Neste texto, três questões se destacam: a necessidade de Deus, na pessoa do Filho, participar da condição humana, isto é, entrar no mundo; a vitória de Jesus sobre o Diabo; e o sacrifício de Jesus, na cruz, que salva da morte os seres humanos. Com respeito à primeira questão, pode-se afirmar que o Filho entrou no mundo para libertar a humanidade da morte eterna, que se instalou, no ser humano, por ocasião do pecado original. O Apóstolo Paulo escrevendo sobre esse assunto, aos Romanos, falou: “da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecar

JESUS, INCOMPREENDIDO. PARTE I

Os evangelhos mostram que até os discípulos de Jesus, de início, não o compreendiam. Ele era de “carne e sangue” (Hebreus 2.14) como todos nós, tinha uma família, uma profissão, mas os discípulos notavam que Ele era diferente. Suas atitudes, sua fala, sua espiritualidade e seu poder para realizar milagres faziam os discípulos o verem como o Messias que estava por vir, mas não exatamente como eles pensavam. Certa noite, enquanto eles atravessavam o mar da Galileia, Jesus dormia na popa do barco, quando sobreveio grande tempestade de tal modo que os discípulos se desesperam e o acordaram, clamando por socorro. Então, Jesus repreendeu o vento e a fúria do mar e logo veio grande calmaria. Ao verem Ele fazer aquilo, os discípulos ficaram admirados e falavam uns com os outros: “quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4: 35-41). Mas essa incompreensão sobre a pessoa de Jesus não estava limitada apenas aos discípulos. Certa vez, Ele retornou à cidade onde cresceu, Nazaré