O NOME "JESUS" E OS TÍTULOS "MESSIAS" E "FILHO DO HOMEM"
De acordo com as Escrituras sagradas, o processo de revelação divina à humanidade atingiu seu clímax com a entrada do próprio Deus no mundo (Fp 2.5-8). Isso ocorreu há dois mil anos, quando o Criador se fez criatura e viveu, corporalmente, entre os homens. Hoje, Ele continua entre nós por meio de seu Espírito que habita as mentes e os corações daqueles que se abriram para a fé nele. Nesta postagem quero discorrer sobre o nome dado a Deus em sua encarnação, Jesus, e os títulos Messias e Filho do Homem.
O nome próprio “Jesus” é a tradução para o português do grego Ἰησοῦ (Iêssú), que traduz a palavra hebraica "Iêôshua" (pronúncia aproximada), a qual traduzindo direto para o português é “Josué” e significa “o SENHOR salva”. Era um nome comum à época de Jesus, mas foi o escolhido para designar o Filho de Deus. Isso porque Deus “escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele” (1 Co 1.28). E vai ser diante da pessoa majestosa que leva esse nome que todo joelho se dobrará e confessará que Ele é o Senhor (Filipenses 2.10,11)
Quando Jesus começou seu ministério público, pregando a mensagem do Reino de Deus e fazendo milagres, logo recebeu o título de “Cristo”. Esse título foi tão associado a Ele que, praticamente, se tornou seu sobrenome, sendo, então, chamado de Jesus Cristo. Essa palavra “Cristo” é a tradução para o português do grego (Cristós) que, por sua vez, traduz a palavra hebraica "Mashía" (pronúncia aproximada), a qual traduzindo direto para o português é “Messias” e significa “Ungido”.
Mas Jesus raramente aceitou esse título ou referiu-se a si por meio dele. Isso porque, sendo associado aos reis de Israel, ele ganhou, com o tempo, uma conotação política e nacionalista de tal modo que, à época de Jesus, esperava-se um Messias que libertasse Israel do jugo romano e o transformasse numa potência mundial. Quando Ele, próximo do fim de seu ministério, perguntou a seus discípulos quem eles achavam que Ele era e Pedro, tendo respondido “Tu és o Cristo”, ou seja, o Messias, Ele os advertiu que não contassem a ninguém (Marcos 8.30; Mateus 16.20).
Jesus fez aquela advertência porque não veio ao mundo para instaurar um reino terreno em Israel. Seu “messianato” era espiritual; Ele veio implantar o Reino de Deus entre os homens. Por isso rejeitou o título de “Messias” e sempre se referiu si com o título de “Filho do homem”, que aparece 81 vezes nos evangelhos. É uma referência à profecia de Daniel (7.13,14) que fala de um personagem celestial a quem, nos tempos do fim, Deus confiou autoridade, glória e poder soberano para estabelecer um reino eterno.
Antônio Maia - M. Div.
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