A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS - PARTE 1



O Apóstolo Paulo ao fazer sua defesa perante Félix, governador da província romana da Judéia, entre os anos 52 e 60, disse: “...tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos…” (Atos 24:15). O Apóstolo dá a entender que haverá uma ressurreição geral tanto para cristãos como não cristãos. De igual modo pensa o Apóstolo João, que diz: “...está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (João 5:29).

Ainda, com o mesmo entendimento, há também o Apóstolo Mateus, que diz: “quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, ele se assentará em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele e ele separará uma das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que foi preparado para vocês desde a criação do mundo… Então ele dirá os que estiverem à sua esquerda: malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos” (25:31-34,41).

Embora se trate de um evento universal, o Apóstolo Paulo, em alguns de seus textos, apresenta detalhes de como será a “colheita” dos cristãos para esse evento final. Em uma descrição muito detalhada no capítulo 15 de sua primeira carta aos Coríntios, ele diz: “eis que eu digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal se revista de imortalidade” (1 Coríntios 15: 51-53). “Nem todos dormiremos”, isto é, nem todos morreremos, conforme o entendimentos dos judeus daquela época. 

O Apóstolo está falando da transformação pela qual passará o corpo do homem, que foi corrompido por ocasião do pecado original, não suportando mais a presença divina. Escrevendo, aos Filipenses, ele diz: “a nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo… ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso” (3:20,21). O espírito do homem que morreu, no momento do pecado original, é vivificado quando o homem se reencontra com Deus no novo nascimento (Efésios 2: 1- 6 e João 3:1-8), ainda nesta vida. Mas o corpo só será restaurado na ressurreição dos mortos.

Escrevendo aos Tessalonissenses, Paulo afirma que, no momento da ressurreição dos mortos, “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. Depois, os cristãos que estiverem vivos serão arrebatados e transformados, num abrir e piscar de olhos, e se encontrarão com o Senhor nos ares (1 Tessalonissenses 4:13-18). Com respeito aos não tementes a Deus, “o mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com que tinha feito” (Apocalipse 20:13). Aqui pode ser entendido que as pessoas vivas das nações, no momento da vinda de Jesus, serão mortas e dirigidas para o “grande trono branco” para serem julgadas, bem como as que morreram em épocas passadas. 

Por esses textos, observa-se que a ressurreição dos mortos ocorrerá no fim dos tempos (1 Coríntios 15.22,23), com a segunda vinda de Cristo. Ela está associada ao julgamento das pessoas e será geral, isto é, será tanto para justos como injustos. Ela acontecerá em um momento em que não haverá mais humanidade, na Terra, pois todos estarão mortos por causa dos juízos divinos, derramados durante a grande tribulação. A criação, como hoje existe, não mais existirá. Será restaurada com “novos céus e nova terra”, onde viverão aqueles que andam com Deus (Apocalipse 21:1). Mas aqueles que rejeitaram a Deus, nesta vida, serão lançados em uma existência sem Deus, marcada por um estado de sofrimento eterno (Apocalipse 20:11-15). São nesses termos que a sagrada Escritura dá testemunho dos eventos finais da humanidade.      

Antônio Maia – M.Div

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