APOCALIPSE: NARRATIVA

APOCALIPSE: NARRATIVA
O livro de Apocalipse é de difícil compreensão. Não é fácil entender até mesmo a linearidade de sua narrativa. Assim, com o intuito de ajudar àqueles que desejam conhecê-lo um pouco mais, apresento, neste texto, uma síntese da sequência dos principais eventos de seu enredo. Este, por sinal, inicia com João, desterrado na ilha de Patmos por causa do testemunho de Cristo. No dia do Senhor, isto é, no domingo, João, em Espírito, vê Jesus em sua forma celestial, que o ordena a escrever o que vê, em um livro, e a enviar às sete igrejas da Ásia (1-3).

Depois, ele vê uma porta aberta no céu e uma voz o convida para entrar. De repente, encontra-se na sala do trono de Deus que, como não tem palavras para descrevê-lo, o chama de “aquele que está assentado no trono”. Este segura em sua mão direita um livro selado com sete selos. Jesus, ao receber das mãos de Deus esse livro,  é adorado por “milhares de milhares e milhões e milhões”  de anjos, que estavam ao redor do trono. Nele, encontram-se os decretos divinos para por fim à presente ordem mundial, marcada pelo pecado e pelo mal (4,5).

A execução dessas ordens divinas (sete selos, sete trombetas e sete taças) ocorre  nos capítulos seis a dezesseis. Ao ser aberto por Jesus o primeiro selo, tem início um período de dor e sofrimento sem precedentes na humanidade: a grande tribulação. Ao que parece, toda angústia produzida pelos primeiros quatro selos decorre da própria ação humana. Só a partir do sexto selo é que ações divinas são desencadeadas para por fim ao presente sistema mundial e à atuação dos poderes malignos que fazem oposição a Deus (16.3;17.14;18.24;19.19).

Findo esse período de tormenta, os céus comemoram: “aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso  Deus...” (19.1). Então, só agora, ocorre as “bodas do Cordeiro”, isto é, o “casamento”, a união de Cristo com a sua igreja (19.7-9) . Na sequência, a besta e o falso profeta são lançados  vivos no “lago de fogo” (19.20).  Depois, Satanás, é lançado no “abismo” por mil anos, período esse em que os  que foram fiéis a Cristo reinarão com Ele, sobre as nações, até que a “antiga serpente”seja solta e engane, novamente a muitos, quando, finalmente, será lançada também, no lago de fogo, onde será atormentado para sempre (20.1-3).

Depois dessas coisas, ocorre o juízo final. As pessoas que não participaram da primeira ressureição (20.4-6), ressuscitam para serem julgadas e condenadas à segunda morte (20.6;20.11-15;João 5.29). A profecia termina com a visão de “um novo céu e uma nova terra”, nos quais “o próprio Deus estará” com os homens “e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Aquele que estava assentado no trono disse: estou fazendo nova todas as coisas” (21.3,4).
ANTÔNIO MAIA
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