O CORDEIRO DE DEUS

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O CORDEIRO DE DEUS 
No evangelho de João consta que o profeta João Batista, ao ver Jesus se aproximando, declarou: “vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (1.29). Uma declaração inédita e original sobre o Messias para o contexto da época. Pelo relato do evangelista se observa que tal conhecimento sobre o Ungido veio ao profeta por uma revelação divina. Veja o que o Batista disse: “eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (1.33,34).

A História mostra que João Batista estava certo quanto a Jesus ser o Messias tanto que, depois dele, nenhuma outra pessoa veio a Israel com uma pregação, um ensino e milagres como os dele. Ressalta-se, também, que o cenário religioso, em Israel e no mundo, foi profundamente alterado pela ação dos seguidores de Cristo que deram continuidade à sua pregação após sua morte e ressurreição. Cabe, ainda, falar que, cerca de quarenta anos depois, Israel vai ser destruído pelos exércitos romanos e os sobreviventes dispersos nas nações do império, pondo fim a nação nos moldes do Antigo Testamento.

Os judeus não esperavam um Messias espiritual. Eles estavam profundamente secularizados. Embora realizassem, diariamente, o sacrifício de cordeiros (Lv1.10), não compreendiam mais o significado espiritual daquele ato. Tornaram-se presos à forma. A visão espiritual se perdeu no formalismo religioso. Por isso as autoridades religiosas não enxergaram, em Jesus, o Cristo. Até mesmo os discípulos não o compreendiam. Certa vez, após Jesus acalmar uma tempestade, eles “ficaram perplexos e disseram: quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt8.27). Momentos antes da sua ascensão aos céus um discípulo perguntou: “Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?” (Atos1.6). Eles aguardavam um Messias nacionalista.   

Por esse motivo, aquela declaração de João Batista se reveste de relevância e significado. Resgatava o sentido espiritual do sacrifício, centro do culto judaico daquela época. É claro que Deus não desejava nem se interessava por sacrifícios (1Sm15.22), mas eles tinham uma função didática de mostrar a seriedade do pecado que só seria perdoado, e seu efeito (morte eterna) anulado, com o sacrifício de uma vida. Em Levítico consta: “a vida da carne está no sangue, e eu o dei a vocês para fazerem propiciação por si mesmos no altar; é o sangue que faz propiciação pela vida” (17.11). Hebreus 9.22 diz que “sem derramamento de sangue não há perdão”.

Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele mesmo afirmou isso sobre si. Comemorando a páscoa com os discípulos, pela última vez, antes de ser morto, pegou um pão e disse: “isto é o meu corpo dado em favor de vocês”. O Apóstolo Paulo, falando de Jesus, escreveu: “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado... fomos justificados por seu sangue” e reconciliados com Deus “mediante a morte de seu Filho” (1Co5.7;Rm5.9,10). À época de Jesus, Israel tinha perdido a visão da promessa do Antigo Testamento. E, hoje, Igreja de Cristo, em suas múltiplas visões doutrinárias, compreende as profecias do Novo Testamento e está pronta para os eventos que estão por cumprir-se?
ANTÔNIO MAIA
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