A IMPORTÂNCIA DOS PENSAMENTOS
O Apóstolo Paulo, diversas vezes em suas cartas, fala da necessidade de
o cristão ter cuidado com seus pensamentos para que tenha um viver santo. Aos
colossenses ele diz: “portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem
as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus.
Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas” (3:1,2).
De fato, o pensamento tem o poder de criar um mundo dentro da mente humana. Ele
elabora fantasias que, se alimentadas, geram desejos e esses podem dominar o
homem e levá-lo ao pecado.
É claro que para uma pessoa que não teme a Deus isso não tem nenhum
valor, nenhum sentido, pois ela vive no pecado e está acostumado a ele. Muitas,
até, creem que o pecado não existe e, por essa razão, vivem na escravidão de
seus desejos. É nesse sentido que Paulo escreve aos Efésios: “vocês estavam
mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando
seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito
que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós
também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo
os seus desejos e pensamentos (Efésios 2.1-3).
O Apóstolo aos Gentios faz essas recomendações porque quando uma pessoa
se encontra com Deus e é alcançada por sua graça, o impacto desse encontro a
transforma e a liberta de muitas práticas pecaminosas de modo que ela se torna
uma nova pessoa (2Coríntios 5:17). Embora o pecado não tenha mais domínio sobre
ela e força para condená-la, pois Deus a perdoou, a sua natureza caída ainda
permanece atuante. Por esse motivo o Apóstolo insiste: “não vivam mais como os
gentios, que vivem na inutilidade de seus pensamentos” (Efésios 4:17).
Paulo insiste nessa orientação porque o cristão não tem mais prazer no
pecar. Ele deseja viver santamente, mas, por vezes, peca e isso lhe traz
sofrimento. A esse respeito, ele diz sobre si mesmo: “não entendo o que faço.
Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Pois o que faço não é o bem que
desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Romanos
7:15-20). Por essa razão, ele recomenda o cristão a “despir-se do velho
homem, que se corrompe por desejos enganosos”, a renovar-se “no modo de pensar
e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e
em santidade provenientes da verdade” (Efésios 4:22-24).
Essa questão dos pensamentos é forte, em Paulo, tanto que ele escreve
aos Romanos: “não se amoldem ao padrão desse mundo, mas transformem-se pela
renovação da sua mente...” (12:2). Esse ensino paulino (renovação da mente) é
totalmente alinhado com o ensino do arrependimento, que foi iniciado por João
Batista e continuado por Jesus e, depois, pelos apóstolos. Essa palavra
“arrependimento” vem do grego “matanóia”, que significa uma nova mente, uma
nova mentalidade de vida. Arrepender-se é, pois, deixar a vida pecaminosa,
mudar de direção e voltar-se para Deus. E Paulo traduz esse ensino nas
seguintes palavras: “sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em
amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e
sacrifício de aroma agradável a Deus” (Efésios 5:1).
Antônio Maia – M.Div.
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