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A história humana é caracterizada por uma sucessão de impérios mundiais. O primeiro, segundo estudiosos, foi o império acádio com início em 2334 a.C.. Depois, vieram, sucessivamente, os impérios egípcio, assírio, babilônico, persa, grego, romano e, por último, o império turco-otomano, que se extinguiu em 1923 d.C.. Observa-se, então, que a busca por um poder único distinguiu o mundo que se estabeleceu após a Queda, isto é, após o pecado original. Um mundo marcado pelo ódio, pela violência e pelo domínio do homem pelo homem.

Esse antecedente histórico explica a razão de tanta beligerância, entre as nações, hoje. Só no século passado, o século XX, além dos inúmeros conflitos locais e regionais, houve duas grandes guerras mundiais. E o mesmo acontece no século atual. As grandes potências se digladiam em busca de proeminência umas sobre as outras. Mesmo com o testemunho da História de que os impérios se erguem e, logo, sucumbem, os seres humanos permanecem no vício desse projeto de poder.

Onde estão os grandes imperadores, os grandes generais, os grandes reis? Não estão todos eles na sepultura, onde seus corpos se decompuseram (Salmo 9.17)? E suas almas, segundo as sagradas Escrituras cristãs, não estão no Hades (Lucas 16.23, Apocalipse 20.13) aguardando a ressurreição dos mortos e o juízo final? Mas, vivendo como se fossem eternos, os homens continuam na busca de poder, fama e glória. É o desejo de serem “como Deus”, despertado pelo Tentador no momento da Queda. Não foi isso que ele disse: “vocês, como Deus, serão...” (Gênesis 3.5).

Desde a Queda, até hoje, o que se vê na História humana é isto: pecado, dor, angústia, sofrimento, barbárie e morte. Perdido de si mesmo, o homem vive uma vida sem sentido. Não sabe de onde veio, para onde vai e nem a razão de sua presença no mundo. Inconsciente de sua origem em Deus, por causa do pecado, procura, por todos os meios, entender a si mesmo. Graças a esse esforço, chegou a um assombroso desenvolvimento científico e tecnológico que, no entanto, não explicou o mistério que envolve o seu ser e nem produziu um mundo bom e justo, onde reina a paz.

Contudo, observando o mundo que o homem construiu, após o pecado original, notam-se belas e magníficas cidades com seus arranha-céus e organização urbana impressionantes. Mas, logo, percebe-se que não constituem espaços sociais de paz e inclusão. São apenas “locus” de poder desse majestoso mundo que o homem vem construindo para ele. Um mundo só dele e sem Deus. No entanto, acredite ou não, segundo as sagradas Escrituras cristãs, toda essa construção se reserva como tesouro para a destruição, no “dia do Senhor”.

Veja o texto sagrado: “...pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios” (2Pedro3.7). O mesmo pode ser observado em Apocalipse 6.12-14. Veja: “observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue, e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da figueira quando sacudidos por um vento forte. O céu se recolheu como se enrola um pergaminho e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares”.

Sim, a Criação se corrompeu com o surgimento do pecado. O Criador, porém, decidiu restaurá-la. Isso envolve a restauração dos seres criados à “imagem e semelhança de Deus” e, também, do mundo físico. Por isso o Apóstolo Paulo disse: “se alguém está em Cristo, é nova criação” (2Coríntios 5.17). De igual modo, o próprio Criador, no Apocalipse, falou: “estou fazendo novas todas as coisas” (21.5). Então, esta vida que Deus concede aos seres humanos não é para eles construírem impérios, mas, para se redimirem, voltarem-se para o Criador e poder, assim, reencontrarem-se com Ele em “novos céus e nova terra” (Apocalipse 21.1-5).

Portanto, o homem, pensando ser alguém e nada sendo, não dispõe da autonomia que pensa ter. Ele não decidiu sobre sua entrada no mundo, nem pode impedir sua saída. Ele não sabe nem se estará vivo amanhã. A vida que ele vive não é dele. Foi-lhe concedido viver. Embora ele não aceite, é totalmente dependente de Deus. E no fim dos tempos, todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, generais, imperadores e pessoas comuns, haverão de comparecer diante de Cristo e confessar que Ele é o SENHOR. Leia Filipenses 2.5-11.

Desse modo, o homem, destituído de sua glória original, por causa do pecado, vive a ilusão de ser autônomo e artífice de um mundo de sua própria construção. Contudo, segundo a Bíblia, a História da humanidade não caminha para um reino humano eterno. Mas para um acerto de contas em seu reencontro com o Criador. O fim da História é Deus. Toda a humanidade, desde os primeiros homens até aos últimos, se reunirá na ressurreição dos mortos, no juízo final, quando serão abertos “livros” e o “livro da vida”. Os que não foram achados no “livro da vida” seguirão para a eternidade como espíritos caídos, separados de seu Criador (Apocalipse 20.10-15). Assim está escrito.

Antônio Maia – Ph.B. - M.Div.

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Comentários

Rev. Dilécio disse…
Excelente texto. Recomendo-o a todos os que desejam conhecer mais as maravilhas das Escrituras.

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