EM MEIO À PERSEGUIÇÃO - PARTE II
EM
MEIO À PERSEGUIÇÃO – PARTE II
Os cristãos, por causa de sua fé, foram muito perseguidos ao longo da História.
Primeiro pelos judeus, depois pelos romanos. Nero, imperador romano, que no ano
64 incendiou Roma, os culpou e os perseguiu por isso. Depois, houve várias outras
ondas de perseguição até ao início do século IV, quando o imperador Constantino
se converteu. Nessa época, eles eram crucificados ou lançados aos leões, no Coliseu,
para serem comidos. Houve também perseguições na idade Média e, nos últimos
séculos, foram perseguidos pelos muçulmanos, hindus e pelos estados
totalitários ateus da União Soviética e República Popular da China.
Hoje, os cristãos continuam sendo, duramente, perseguidos por parte dos
fundamentalistas islâmicos. Como viver em um ambiente hostil ao evangelho? Os
cristãos primitivos nos deixaram algumas lições. Uma delas, além das citadas na
postagem anterior, é manter a sua fé em segredo e só a revelar quando for,
sumamente, importante, pois terá que assumir as consequências. É claro que os
mais “valentes” e “corajosos”, talvez, porém, menos prudentes, vão discordar
dessa opinião. Contudo, foi exatamente o que fizeram José de Arimatéia e
Nicodemos.
Esses dois ilustres homens de Israel eram discípulos de Jesus, mas em
segredo. Nicodemos, aquele que foi conversar com Jesus à noite para não ser
notado, em certa oportunidade, revelou-se simpático a Ele e tentou ajudá-lo
perante as autoridades do templo (João3;7.50,51). Quanto a José de Arimatéia,
este, depois da morte do Senhor “...pediu a Pilatos o corpo de Jesus. José de
Arimatéia era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos
judeus”. No momento em que todos os discípulos fugiram (Marcos14.50), foi esse
discípulo secreto que se revelou, junto com Nicodemos, para cuidar do
sepultamento do corpo de Jesus (João19.38-42).
Outra ação adotada pelos primeiros seguidores de Jesus, em meio à
perseguição, era a oração. Pedro e João haviam sido presos por causa da cura de
um aleijado. Ao serem soltos, a igreja orou: “Senhor, considera as ameaças
deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente ...
depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos”. Veja que não pediram
para que os livrassem, antes lhes encorajassem. Outra ação dos apóstolos foi a
desobediência civil, em alguns casos. Os apóstolos receberam ordem para não
mais falarem de Cristo, contudo, perante as autoridades que deram essa ordem, “Pedro
e os outros apóstolos responderam: é preciso obedecer antes a Deus do que aos
homens!” (Atos4.19;5.29).
Embora os cuidados para manter-se incólume, na tribulação, é preciso
entender que o pior pode vir, como de fato veio. Estêvão, por causa de seu
testemunho, foi apedrejado até à morte. Depois, “naquela ocasião desencadeou-se
grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos,
foram dispersos...” (Atos8). Alguém pode perguntar: por que os cristãos são tão
perseguidos? Paulo responde: “a nossa luta não é contra os seres humanos, mas ... contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”
(Efésios6.12). É verdade que o cristianismo conforta e traz esperança ao
coração humano. Porém, é preciso lembrar que ele é a ação de Deus contra o
império das trevas.
ANTÔNIO
MAIA
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